sexta-feira, 25 de setembro de 2009


A UM AUSENTE


Tenho razão de sentir saudade,tenho razão de te acusar.

Houve um pacto implícito que rompestee sem te despedires foste embora.

Detonaste o pacto.

Detonaste a vida geral, a comum aquiescênciade viver e explorar os rumos de obscuridade

sem prazo sem consulta sem provocaçãoaté o limite das folhas caídas na hora de cair.

Antecipaste a hora.Teu ponteiro enlouqueceu, enlouquecendo nossas horas.

Que poderias ter feito de mais gravedo que o ato sem continuação, o ato em si,

o ato que não ousamos nem sabemos ousarporque depois dele não há nada?

Tenho razão para sentir saudade de ti,de nossa convivência em falas camaradas,

simples apertar de mãos, nem isso, voz modulando sílabas conhecidas e banais

que eram sempre certeza e segurança.Sim, tenho saudades.Sim, acuso-te porque fizeste

o não previsto nas leis da amizade e da naturezanem nos deixaste sequer o direito de indagar

porque o fizeste, porque te foste


ANIVERSÁRIO DE CASAMENTO

Um casal está comemorando o 60º aniversário de casamento,
com um jantar em um pequeno restaurante no campo.
O marido se inclina e pergunta para a esposa:
- Meu bem, você se lembra da nossa primeira vez, há sessenta anos atrás?
Nós fomos para a parte de trás do restaurante, você seapoiou na cerca e...
- Eu lembro muito bem. - responde ela.
- O que você acha de repetirmos agora, em louvor aos velhos tempos?
- Oh, você é um sátiro, mas parece uma boa idéia!
Um policial sentado ao lado ouve a conversa e pensa:
Essa eu não posso perder: Tenho que ver os coroas fazendo sexo, lá na cerca..
Eles saem e caminham até lá, se apoiando um ao outro, ajudados por bengalas..
Chegam à cerca, a velha senhora ergue a saia, tira a calcinha, o coroa baixa as calças.
Ela se agarra na cerca e começam a fazer sexo.
De repente,explodem no sexo mais furioso que o policial já tinha visto na vida.
Repetem dezenas de vezes. Ela grita, ele agarra os quadris dela,furiosamente.
O sexo mais atlético possível e imaginável.
Finalmente caem exaustos no chão e depois de mais de meia hora deitados se recuperando,
os dois se levantam, apanham as roupasespalhadas e se vestem.
O policial, ainda perplexo, toma coragem, se aproxima do casal e pergunta:
- Vocês devem ter tido uma vida fantástica! Como vocês conseguem?
Qual é o segredo dessa performance ideal?
- O velhinho com os cabelos assanhados e cara de estar em outro mundo responde:
Sei lá... Sessenta anos atrás essa cerca não era eletrificada...

quarta-feira, 23 de setembro de 2009


Sol de Primavera

Composição :- Beto Guedes e Ronaldo Bastos

Quando entrar setembro
E a boa nova andar nos campos
Quero ver brotar o perdão
Onde a gente plantou
Juntos outra vezJá sonhamos juntos
Semeando as canções no vento
Quero ver crescer nossa voz
No que falta sonhar
Já choramos muito
Muitos se perderam no caminho
Mesmo assim não custa inventar
Uma nova canção
Que venha nos trazer
Sol de primavera
Abre as janelas do meu peito
A lição sabemos de cor
Só nos resta aprender

Já choramos muito
Muitos se perderam no caminho
Mesmo assim não custa inventar
Uma nova canção
Que venha trazer
Sol de primavera
Abre as janelas do meu peito
A lição sabemos de cor
Só nos resta aprender ...


(adoro primavera, pois foi em uma delas que Deus

nos concedeu a graça de sermos pais - Beto e eu)

sexta-feira, 18 de setembro de 2009



Esta sou eu...
(adorei o que esta poetiza escreveu)...


SÊ FÊNIX


Do sonho não lembrava mais

Cinza num longo e profundo suspirar

Melancólico cântico de um átimo de lucidez a sibilar

Fênix refletida renascia, em lágrima a cessarMenina,

mulher de ínfimo querer contido

De dor, arrefecido peito estrangulado

Em combustão por desdita solidão

Como fênix sobrevivi mil vezes

Se sofri, chorei, fui ao chãoTornei-me em cinzas , virei pó

Renasço... por vezes

Num vôo soberano Asas imponentes me renovam

No calor de um grande amor

Regenerada, pura e pronta estou Sou mesmo assim...

Boto a mão no fogo pra queimar Queimo-me por gostar

Sou ave imagináriaSou mito, perdulária (...?)

Não importa qual janela vai se abrir Qual brecha vai a réstia entrar

De coração sempre a pulsarmeus olhos sentimentos a espelhar

Meus versos são fagulha de prosa estelar

Segredando aos adormecidos mortais.

Mitológica vou voar Sou fênix, me permito sonhar.

(Alice Poltronieri)

quinta-feira, 17 de setembro de 2009


ESTA É A ÉPOCA EM QUE TODOS DEVEM BRINDAR AO AMOR!!! SEGUE EM ANEXO UM TEXTO DE UMA DE MINHAS POETIZAS PREDILETA!!

Primavera (Cecília Meireles)


A primavera chegará, mesmo que ninguém mais saiba seu nome,

nem acredite no calendário, nem possua jardim para recebê-la.

A inclinação do sol vai marcando outras sombras;

e os habitantes da mata, essas criaturas naturais que ainda circulam pelo ar e pelo chão,

começam a preparar sua vida para a primavera que chega.

Finos clarins que não ouvimos devem soar por dentro da terra, nesse mundo confidencial das raízes,

— e arautos sutis acordarão as cores e os perfumes e a alegria de nascer, no espírito das flores.

Há bosques de rododendros que eram verdes e já estão todos cor-de-rosa, como os palácios de Jeipur.

Vozes novas de passarinhos começam a ensaiar as árias tradicionais de sua nação.

Pequenas borboletas brancas e amarelas apressam-se pelos ares, — e certamente conversam:

mas tão baixinho que não se entende.

Oh! Primaveras distantes, depois do branco e deserto inverno, quando as amendoeiras inauguram suas flores, alegremente, e todos os olhos procuram pelo céu o primeiro raio de sol.

Esta é uma primavera diferente, com as matas intactas, as árvores cobertas de folhas,

— e só os poetas, entre os humanos, sabem que uma Deusa chega, coroada de flores, com vestidos bordados de flores, com os braços carregados de flores, e vem dançar neste mundo cálido, de incessante luz.

Mas é certo que a primavera chega. É certo que a vida não se esquece,

e a terra maternalmente se enfeita para as festas da sua perpetuação.

Algum dia, talvez, nada mais vai ser assim.

Algum dia, talvez, os homens terão a primavera que desejarem, no momento que quiserem,

independentes deste ritmo, desta ordem, deste movimento do céu. E os pássaros serão outros,

com outros cantos e outros hábitos,

— e os ouvidos que por acaso os ouvirem não terão nada mais com tudo aquilo que,

outrora se entendeu e amou.

Enquanto há primavera, esta primavera natural, prestemos atenção ao sussurro dos passarinhos novos,

que dão beijinhos para o ar azul. Escutemos estas vozes que andam nas árvores, caminhemos por estas estradas que ainda conservam seus sentimentos antigos: lentamente estão sendo tecidos os manacás roxos e brancos;

e a eufórbia se vai tornando pulquérrima, em cada coroa vermelha que desdobra.

Os casulos brancos das gardênias ainda estão sendo enrolados em redor do perfume.

E flores agrestes acordam com suas roupas de chita multicor.

Tudo isto para brilhar um instante, apenas, para ser lançado ao vento,

— por fidelidade à obscura semente, ao que vem, na rotação da eternidade.

Saudemos a primavera, dona da vida — e efêmera.


Texto extraído do livro "Cecília Meireles - Obra em Prosa

- Volume 1", Editora Nova Fronteira - Rio de Janeiro, 1998, pág. 366.

terça-feira, 8 de setembro de 2009




COMO PODE UM SERZINHO TÃO PEQUENINO


NOS FAZER TANTO BEM?


UM AMOR TÃO INEXPLICÁVEL...


OLHO NO OLHO E TUDO FICA MAIS FÁCIL...


AMOR INCOMENSÚRAVEL!


MINHA BELA PRINCESINHA...


A DINDA TE AMA... E POR ESTAR DISTANTE,


SENTE FALTA DE SEU CARINHO; TÃO DELICADA E MEIGA...


DOCE ENCANTO DE MINHA VIDA!


DEUS A PROTEJA E O ANJINHO DE GUARDA ZELE POR TEUS PASSOS...

Rebelião dos Sentimentos


Não deveria estar triste, Mas de fato estava.

Queria não ter ansiedade, Mas estava ansioso.

Desprezava a autopiedade, Mas sentia-se fraco para abandoná-la.

Queria mover-se rapidamente, Mas seus passos estavam inertes.

Tinha o ideal de muito construir,E a realidade só fazia destruir.

Almejava a explosão de forças,Mas deprimia-se acuado.

Poderia se entregar ao medo,Mas se enchia de coragem agressiva.

Caído, fazia-se impiedoso consigo.

Zombava de si, e desafiava-se à luta.

Erguia o punho à indiferença do tempo,

Rebelava-se contra o determinismo.

Atraía-lhe o afeto da suave chuva, Mas o coração queria tempestade.

Rejeitava o mundo externo e mergulhava na sua intimidade. Um jogo de realidade e ilusão, A verdade lutando com a mentira.

E quem pode dizer o que é certo? E quem pode afirmar o errado?

Meros servos da moral que somos, Ainda longe da filiação da ética.

E toda dignidade pode ser encenação.

E todo idealismo, exercício de hipocrisia.

E então possuidores, seremos desprovidos.

Crentes da riqueza, seremos miseráveis.

A dor aguda pode anestesiar.

O marasmo pode tornar-se costume.

A indiferença pode justificar a covardia

E muito querendo, pode-se ter nada.

(Gilberto Brandão Marcon 17/04/2009)

PS: copiei pq achei parecido comigo!...