terça-feira, 8 de setembro de 2009


Rebelião dos Sentimentos


Não deveria estar triste, Mas de fato estava.

Queria não ter ansiedade, Mas estava ansioso.

Desprezava a autopiedade, Mas sentia-se fraco para abandoná-la.

Queria mover-se rapidamente, Mas seus passos estavam inertes.

Tinha o ideal de muito construir,E a realidade só fazia destruir.

Almejava a explosão de forças,Mas deprimia-se acuado.

Poderia se entregar ao medo,Mas se enchia de coragem agressiva.

Caído, fazia-se impiedoso consigo.

Zombava de si, e desafiava-se à luta.

Erguia o punho à indiferença do tempo,

Rebelava-se contra o determinismo.

Atraía-lhe o afeto da suave chuva, Mas o coração queria tempestade.

Rejeitava o mundo externo e mergulhava na sua intimidade. Um jogo de realidade e ilusão, A verdade lutando com a mentira.

E quem pode dizer o que é certo? E quem pode afirmar o errado?

Meros servos da moral que somos, Ainda longe da filiação da ética.

E toda dignidade pode ser encenação.

E todo idealismo, exercício de hipocrisia.

E então possuidores, seremos desprovidos.

Crentes da riqueza, seremos miseráveis.

A dor aguda pode anestesiar.

O marasmo pode tornar-se costume.

A indiferença pode justificar a covardia

E muito querendo, pode-se ter nada.

(Gilberto Brandão Marcon 17/04/2009)

PS: copiei pq achei parecido comigo!...

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